A revista Veja deste fim de semana tenta, mais uma vez, aplicar um golpe contra o ex-presidente Lula, personagem de capa da edição, que, segundo a revista, teria sido arrastado para o centro do escândalo da Petrobras.
De acordo com a reportagem, um dos empreiteiros presos, José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da OAS, estaria estudando fazer uma delação premiada contra Lula.
A estratégia de Veja é extamente a mesma que foi utilizada contra Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia. Durante várias semanas, Veja tentou convencer Pessoa a fazer sua delação, avisando que, se ele não cedesse aos apelos da editora da Marginal Pinheiros, apodreceria para sempre na prisão. A delação de Pessoa, no entanto, não saiu.
Agora, a vítima da vez é Léo Pinheiro. Segundo a revista, ele teria feito anotações (não apresentadas na reportagem) sobre favores feitos ao ex-presidente, como reformas num imóvel no Guarujá (SP) e num sítio em Atibaia (SP).
Veja primeiro faz pressão e afirma que se o executivo da OAS não fizer uma delação contra Lula "sua pena será gigantesca", como se estivesse ao par de uma decisão ainda não tomada pelo juiz Sergio Moro. Depois, chega a apelar à consciência do empreiteiro para que ele entregue o ex-presidente. "Se consultar sua consciência, porém, Pinheiro poderá contar tudo o que sabe, cumprir um breve período na prisão como delator e deixar às gerações futuras de brasileiros um legado que ele sonegou à atual", diz a reportagem.
O objetivo parece ser garantir, a qualquer custo, uma espécie de 'impeachment preventivo' contra o ex-presidente Lula, que pode ser candidato a presidente em 2018. Ontem, em vídeo postado na internet, Lula demonstrou estar em ótimo estado de saúde.
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