Denúncias à Polícia Federal de que o esquema de corrupção na Petrobras envolvia também o fundo de pensão dos empregados da petroleira, a Petros, tiveram novo desdobramento nesta segunda-feira, 2. O fundo anunciou a renovação da presidência e de toda a diretoria. Henrique Jäger assume o controle do Petros no lugar de Carlos Fernando Costa.
Licio da Costa Raimundo assumiu a diretoria de Investimentos; Fernando Paes de Carvalho, a de Seguridade; e Danilo Ferreira da Silva, a de Finanças.
A mudança foi decidida em reunião do conselho deliberativo da Petros realizada hoje. Os executivos substituem dois diretores que já haviam pedido demissão e Newton Carneiro da Cunha, que acumulava as diretorias de Seguridade e de Finanças, que até dezembro era liderada por Helena Kerr do Amaral. No mês passado, foi a vez de Maurício França Rubem pedir demissão da diretoria de Seguridade.
A crise na Petros começou em fevereiro, quando a PF, na Lava Jato, abriu uma linha paralela de investigação no fundo, depois que o advogado do doleiro Alberto Yousseff, Carlos Alberto Pereira Costa, disse que o seu cliente se encontrou por diversas vezes com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para tratar de intermediações de negócios envolvendo o partido e a Petros. Com a denúncia, a Petrobras estendeu a sua investigação interna ao fundo, desencadeando uma crise interna.
Comunicado enviado pela Petros ressalta que o economista Jäger é membro do conselho de administração do Banco do Brasil indicado pelos acionistas minoritários desde 2008. Já o novo diretor de investimentos foi chefe da assessoria de planejamento de investimentos do Petros; Carvalho foi gerente de Recursos Humanos da área de Gás e Energia da Petrobras; e Silva, também funcionário da Petrobras, foi assessor da presidência do Petros.
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