A Operação Lava Jato, que fará um ano desde que foi deflagrada pela Polícia Federal para apurar denúncias de corrupção na Petrobras, entra nesta semana em seu momento decisivo.
A expectativa é que sejam abertos mais de 35 inquéritos com nomes de políticos envolvidos no escândalo, incluindo deputados, senadores, governadores, além de lideranças partidárias da base governista e também da oposição.
A tensão crescente já levou a um reforço na segurança pessoal do procurador –geral da República, Rodrigo Janot, responsável pelas denúncias que serão apresentadas esta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF). Outros políticos, contudo, não serão investigados nesta fase da Operação Lava Jato., uma vez que os indícios para levar o inquérito adiante são considerados frágeis.
Apesar dos nomes contidos na tão esperada lista do procurador-geral ainda não terem sido divulgados, existe a expectativa que nomes do alto escalão da política nacional acabem sendo incluídos em função de já terem sido citados em depoimentos de delação premiada, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ambos negam envolvimento nas denúncias de corrupção na Petrobras que são o foco da Operação Lava Jato.
o procurador-geral Rodrigo Janot não deverá se limitar a pedir apenas a quebra dos sigilos telefônicos e fiscal dos políticos investigados. Ele deverá pedir também a quebra do sigilo de todas as movimentações nos procedimentos abertos contra deputados e senadores que já tramitam na Justiça. Diante disso, não é a toa que a temperatura em Brasília está chegando ao seu ponto de ebulição.
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