A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (27), em Natal, a Operação Itaretama, que desarticulou uma quadrilha que desviava recursos próprios e fraudava licitações em prefeituras e também na Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) para obras promovidas no Departamento Nacional de Obras contras a Seca (DNOCS).
As suspeitas recaem principalmente sobre as obras de construção de açude no Assentamento 3 de agosto (Pau de Leite), da adutora de Jucuri, em Mossoró, e na adutora de engate rápido de Jucurutu, ambas situadas na Região Oeste do estado.
De acordo como delegado-geral da Delegacia de Combate Crime Organizado da PF, Rubens França, além da Caern, DNOCs e Prefeituras, também há suspeitas de participação de seis empresas privadas. “O inquérito vai demorar para concluir, por conta que ainda realizaremos a perícia”, disse.
Há indícios de que as obras não foram devidamente fiscalizadas durante sua execução e, também há fortes suspeitas de corrupção ativa e passiva. Paralelamente, parte do grupo investigado estaria combinando propostas de licitações em prefeituras do interior do Estado e com a CAERN.
A investigação teve início ainda no primeiro semestre de 2014 e revelou que servidores do DNOCS mantinham estreito relacionamento com empresários do setor de engenharia, fazendo com que contratações tenham sido direcionadas e licitações indevidamente dispensadas ou fraudadas.
Cerca de 30 policiais federais estão cumprindo sete mandados de busca e apreensão nos escritórios das empresas suspeitas. “Ninguém foi preso por conta que ainda estamos investigando os suspeitos”, disse.
O nome da operação significa “Região de Pedras” e, no passado, foi a denominação do município de Lajes, local onde foi construída a primeira das obras sob suspeita.
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