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31 de janeiro de 2015

ELEIÇÕES NA CÂMARA E NO SENADO ESQUENTAM DISPUTA ENTRE PARTIDOS

As cúpulas do PT e do PSDB enfrentam resistências dentro de suas bancadas no Congresso Nacional quanto à orientação dada por elas para as eleições das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado que ocorrem amanhã. A eleição pela presidência da Câmara ameaça abrir um "racha" na base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT).

E em meio a este cenário, os dois principais candidatos usam a mesma tática: prometem abrir mão de espaços aos quais têm direito na Mesa Diretora e nas comissões temáticas para tentar seduzir partidos indecisos.

Tanto o líder do PMDB Eduardo Cunha (RJ), considerado favorito, quanto o atual vice-presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP) indicaram que suas legendas vão abdicar de vagas na estrutura de comando da Casa.

Até agora, Cunha conta oficialmente com o apoio do PMDB, PTB, DEM, SD, PSC, PHS e PRB - este, no entanto, está sob forte pressão do Planalto e ameaça rever sua posição. Chinaglia, por sua vez, tem consigo o PT, PSD, PDT, PROS, PCdoB e o PEN. Júlio Delgado, do PSB, tem apoio oficial do PSDB, PPS e PV. Correndo por fora está Chico Alencar, cuja legenda, o PSol, tem cinco deputados.

Não é dado como certo que todos os deputados do PT sigam a orientação partidária de votar no correligionário Chinaglia. Isso porque há a avaliação de que sua vitória enfraqueceria ainda mais a corrente majoritária petista Construindo Um Novo Brasil, que perdeu espaço para correntes minoritárias na nova divisão de poder promovida pela presidente Dilma Rousseff no segundo mandato.

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