Um anúncio feito pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) nesta sexta-feira 30, a dois dias das eleições na Câmara e no Senado, mostra que os aliados do governo da presidente Dilma Rousseff estão em pé de guerra.
O candidato do PT à presidência da Câmara declarou que espera chegar ao segundo turno contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas que, se isso não acontecer, apoiará o candidato do PSB, Júlio Delgado, que é o candidato das oposições.
Essa disputa na Câmara, que "se complica a cada hora", está parecida com a de 2006, "em que diante do racha da base lulista, o 'azarão' Severino Cavalcanti foi eleito. E em pouco tempo caiu".
"Arlindo diz que o faria por não concordar com o tipo de campanha feito por Cunha, com seus métodos e valores. Exatamente por acreditar que Delgado pode ser favorecido pelo racha entre os governistas é que os caciques do PMDB entraram em campo para impedir que o partido se bandeasse para Cunha."
"A disputa na Câmara não tem resultado bom para a presidente Dilma". O motivo: "ainda que Arlindo seja o vencedor, o governo terá um derrotado e ressentido Eduardo Cunha liderando a bancada do PMDB. Se ele for o vitorioso, terá que conviver com ele por dois anos no comando da pauta da Câmara e influenciando o voto de boa parte dos deputados também em outros partidos".
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