Reportagem da revista Congresso em Foco mostra que o expediente da "caixinha eleitoral" movimentou R$ 3 milhões entre deputados e senadores no Congresso Nacional.
No total, 233 parlamentares receberam doações eleitorais de seus próprios assessores. Os valores variam de R$ 50 até R$ 90 mil.
"Há servidores que abdicaram de férias para trabalhar em campanha, outros que cederam horas de trabalho para os chefes, funcionários que tiraram da conta bancária valores até superiores aos seus vencimentos mensais. O expediente da chamada caixinha eleitoral foi utilizado por quase metade dos congressistas que disputaram algum mandato em 2014", diz o texto.
"Embora a lei não proíba esse tipo de prática, a caixinha caracteriza uma clara vantagem dos parlamentares em relação aos candidatos que não contam com mandato. Muitos assessores veem na permanência do chefe a chance de continuar no emprego", afirma o matéria.
A maioria dos parlamentares afirma que não pressionou nem exigiu qualquer oferta dos subordinados e que as contribuições em dinheiro, chefe ou serviço foram de livre e espontânea vontade. Pela legislação eleitoral, qualquer pessoa física pode doar valor correspondente a até 10% dos rendimentos que declarou à Receita Federal no ano anterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário