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3 de dezembro de 2014

DELATOR DIZ QUE ESQUEMA DE PROPINA DA PETROBRAS INCLUÍA DOAÇÕES OFICIAIS A CAMPANHAS ELEITORAIS

Além do pagamento de propina, o esquema de contratos irregulares da Petrobras financiava também campanhas eleitorais por meio de doações oficiais do PT (Partido dos Trabalhadores).

A informação é do executivo da Toyo Setal Augusto Mendonça, faz parte da delação premiada dele com o MPF (Ministério Público Federal) e está em reportagem do site do jornal O Estado de S. Paulo nesta quarta-feira (3).

Mendonça depôs em 29 de outubro deste ano. Segundo o executivo, além das doações oficiais, o pagamento de propina era feito ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque de outras duas maneiras: por meio de remessas de dinheiro ao exterior e em parcelas de dinheiro vivo.

De acordo com o executivo, Renato Duque mantém uma conta chamada "Marinelo", para onde o dinheiro da propina era enviado. Uma das transferências para Duque, segundo Mendonça, no valor de US$ 1 milhão foi feito em nome da companhia Stowaway com origem no Banco Safra no Panamá. Mendonça prometeu entregar o comprovante dessa transação, segundo o jornal.

Duque, porém, nega recebimento de propina. Hoje, por volta do meio-dia, ele deixou a carceragem da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR), onde estava desde o dia 14 de novembro, quando os agentes federais iniciaram a sétima fase da operação Lava Jato.

O ex-diretor de Serviços teve sua prisão temporária transformada em preventiva após novas denúncias feitas por outros presos na ação da polícia. A medida foi tomada no dia 18 de novembro, pelo juiz federal Sérgio Moro.

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