A dança das cadeiras no primeiro escalão do governo deve começar nas próximas semanas e a presidente Dilma Rousseff já começou a articular a reforma ministerial para compor seu governo para o novo mandato. Ainda que a prioridade seja anunciar o substituto de Guido Mantega no Ministério da Fazenda, a presidente também deve alterar cargos com o objetivo de trazer para perto seus homens de confiança.
O suporte à presidente Dilma a partir do segundo mandato deve ser feito por um tripé de peso, segundo avaliam analistas políticos. Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Jaques Wagner, que deixa o governo da Bahia no fim do ano após eleger seu sucessor, devem ser os homens de Dilma a partir de 2015.
Os três são próximos da presidente e se destacam nas funções que ocupam, por isso Dilma deve mantê-los por perto na reorganização dos cargos na Esplanada dos Ministérios.
Mercadante chegou a ser ventilado como possível chefe da Fazenda. Mas, por ser um homem de confiança de Dilma Rousseff e ter habilidade na articulação política, especialistas acreditam que o ministro deve continuar no núcleo da articulação.
Jaques Wagner está desempregado a partir de janeiro de 2015 e por isso deve ser levado para uma das pastas que trabalha ao lado de Dilma, como a Casa Civil ou Relações Institucionais. Na avaliação do cientista político Matias-Pereira, o desempenho de Wagner durante os oitos anos à frente do governo da Bahia é motivo de prestígio.
Vai ocupar um lugar bastante importante no segundo mandato de Dilma. Principalmente pelo desempenho eleitoral que ele teve, Jaques Wagner deve ser o chefe da Casa Civil, tem perfil para isso. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, e o ex-chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo, que deixou o cargo para integrar o comando da campanha de reeleição, também devem ser mantidos próximos da presidente.
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