A presidente Dilma Rousseff parece decidida a entregar o comando do Ministério da Agricultura à senadora Kátia Abreu (PMDB-TO).
A escolha, que gerou protestos desde o primeiro momento em que foi divulgada, contém todos os ingredientes para não “descer redondo” da cúpula à militância do PT. A fatura política que a presidente está disposta a pagar ao seu partido e aos movimentos sociais por Kátia na Agricultura é alta. E pode se tornar bem maior do que a de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda.
Alçada ao rol de principais aliados da presidente Dilma Rousseff há apenas dois anos, Kátia Abreu construiu sua ascensão política batendo no PT. E forte. Foi a primeira congressista a impor derrota política ao ex-presidente Lula, ao liderar a derrubada da CPMF (Contribuição Provisória de Movimentação Financeira).
Desde deputada federal, Kátia Abreu representa o antagonismo a algumas das principais bandeiras do PT e de setores da esquerda brasileira, como a reforma agrária, a defesa dos direitos das minorias e flexibilização na demarcação de terras indígenas. Protestos já se fizeram de toda forma. Desde invasão de propriedade, feita pelo MST, passando por abaixo assinado virtual e manifesto assinado por intelectuais e políticos. de formas diferentes, o recado é uníssono: a esquerda não quer Kátia na Agricultura.
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