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26 de outubro de 2014

PAÍS VAI ÀS URNAS EM MEIO A GOLPE MIDIÁTICO

O Brasil se apresenta hoje às urnas em pleno curso de um golpe midiático, num esforço sem paralelo para interferir no resultado das eleições desde a democratização. É o que diz o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília.

Em análise, ele compara o momento com as eleições de 1989 e diz que, a popularidade conquistada por Lula e por Dilma Rousseff ‘cobra uma desfaçatez maior de quem pretende dobrar a vontade da maioria por meios ilegítimos e ilícitos’:

“Os 140 milhões de eleitores brasileiros sairão de casa, hoje, para escolher quem irá governar o país pelos próximos quatro anos. Deveria ser um dia de festa. Não será e todos nós sabemos por que. A vontade da maioria está sob ataque.

O país vota em pleno curso de um golpe midiático, num esforço sem paralelo para interferir no resultado das eleições desde a democratização.

É preciso retornar a 1989, quando vários golpes sujos inclusive o depoimento comprado de uma ex-namorada e um rumor absurdo e criminoso, divulgado nos últimos dias a participação de petistas no sequestro do empresário Abílio Diniz para se chegar a um exemplo semelhante.

Não custa recordar: empossado sem a legitimidade necessária, num país indignado após tamanha trapaça com seus direitos mais sagrados, o candidato vitorioso naquele pleito, sem base social real, sem apoio político consistente, foi afastado do cargo por impeachment, dois anos depois.

Imagine quantos compromissos obscuros, quantos acertos sob a mesa precisava esconder, quantos favores pode cobrar pelo serviço prestado de impedir uma vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na primeira eleição direta após o fim da ditadura.

O golpe de 2014 envolve cuidados mais profissionais, porém. Estamos falando hoje de um país onde os trabalhadores e a população pobre, que formam sua maioria, conquistaram o direito de colocar um representante de seus interesses no Planalto, coisa que raramente aconteceu em 500 anos de história, jamais por 12 anos consecutivos”.

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