Uma das condições imprescindíveis para a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) conseguir governar será recompor sua base de apoio no Congresso Nacional. A partir de janeiro, quando assumir o segundo mandato, ela precisará de votos da maioria dos deputados e senadores para aprovar as políticas que propôs na campanha.
Isso ocorre porque, no sistema político brasileiro, composto por 32 partidos (em 2015, 28 estarão no Legislativo), é quase impossível que a sigla do presidente saia das eleições com a maioria parlamentar.
caminho é formar uma coalizão, angariando adesão de outras legendas em troca da partilha do poder no Executivo. Tem sido assim com todos os presidentes desde a redemocratização. Uma sinalização da força que a presidente reeleita terá no Congresso pode ser dada pelo número de parlamentares eleitos dos partidos que a apoiaram na disputa eleitoral (veja no quadro ao lado).
O PT de Dilma conseguiu 70 das 513 cadeiras na Câmara e 12 das 81 vagas do Senado. A base de apoio formada para a campanha, no entanto, pode se alterar com as negociações pós-eleições. "A presidente eleita tem muita força de atração, o que faz com que a própria oposição fique sem ação, diante da popularidade do presidente. Uma facilidade da petista, por exemplo, é o fato de ela já contar com uma coalizão majoritária formada no primeiro governo, atualmente composta por dez partidos e que reúne cerca de 340 deputados e 52 senadores.
"O PMDB é um partido típico de centro, com muitas facções e com uma bancada de tamanho considerável. Ele é bom porque pode aceitar políticas mais ou menos indefinidas em questões ideológicas. A possibilidade de aceitar é grande porque não tem muito a perder". "O apoio do PMDB é fundamental."
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