A governadora Rosalba Ciarlini tomou um Cafezinho e concedeu entrevista ao jornalista César Santos em Mossoró, no intervalo de sua agenda administrativa que durou quase duas horas de forma aberta e franca sobre administração e política.
Rosalba enumerou obras e ações importantes de sua administração, como falou de problemas enfrentados desde o primeiro ano de governo, principalmente em áreas vitais como saúde e segurança. Disse que tem feito muito, porém, sem o alcance popular porque a comunicação não funcionou. “As notícias negativas tiveram mais espaços do que as positivas”, diz, creditando essa distorção ao pouco investimento feito em publicidade.
Na política, a governadora não escondeu a sua decepção com o senador José Agripino Maia, um parceiro político de 40 anos que lhe faltou no momento da decisão de ser ou não candidata à reeleição. “Ele tomou uma decisão ditatorial”, desabafa, ao lembrar da posição de Agripino de lhe negar a legenda Democratas para disputar as eleições deste ano.
Veja que ironia, um partido que se diz Democrata, dirigido por senador da República, preferiu fazer um acordo com adversários (PMDB do candidato a governador Henrique Alves) e me negou o direito de ser candidata. Era com esse direito, constitucional e democrático, que o povo de Mossoró e do Rio Grande do Norte iria fazer o julgamento devido.
Aquela reunião estava toda preparada por ele (Agripino). Mas aproveitei a oportunidade para falar o que eles tinham que ouvir. Disse que me sentia humilhada pelo partido. Falei que tenho a consciência tranquila que fiz tudo que estava ao meu alcance, não envergonhei nem o partido nem o povo do RN, porque o meu governo é honesto, não tem escândalo, não tem corrupção.
Podem até dizer que Rosalba não fez isso, Rosalba deixou de fazer aquilo, mas jamais vão colocar em dúvida a nossa honestidade. Nenhum potiguar pode dizer que eu usei o dinheiro público de forma errada. O que mais doeu foi o partido sequer me consultar para saber se eu queria ou não ser candidata à reeleição. A decisão do senador José Agripino foi imposta, foi ditatorial. E isso é muito grave para um partido que se diz democrata. Ele agiu como se estivéssemos numa ditadura, disse Rosalba.
Rosalba também deixa claro que torce pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), pela eleição da deputada Fátima Bezerra (PT) ao Senado e vota em Betinho Rosado Segundo para deputado federal.
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