Os primeiros números divulgados oficial e extraoficialmente pelos partidos mostram que as eleições de outubro terão gastos bilionários, com forte aumento sobre o pleito de 2010. O que era antes o orçamento de partidos grandes como o PT e o PSDB, os únicos que superaram R$ 100 milhões em gastos declarados à Justiça Eleitoral, agora já não é suficiente para um partido médio como o PSB, do presidenciável Eduardo Campos.
A legenda declarou ao TSE que pretende arrecadar R$ 150 milhões em doações para cobrir gastos estimados no mesmo valor. O PSB terá cerca de dois minutos no horário político eleitoral, sempre um fator de gastos pesados pelas legendas. Com base nisso, acredita-se que PSDB, como perto do dobro do tempo dos socialistas, e PT, dono do maior espaço, apresentem previsões que superam, juntas, R$ 500 milhões.
- O valor é alto, reconhece o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, sobre o orçamento apresentado à Justiça Eleitoral. "Mas, para evitar isso, primeiro temos de encontrar uma forma de baratear as campanhas e diminuir esse custo. Vamos lutar para chegar ao teto porque sabemos que os custos são muito altos - afirmou Siqueira.
A regulamentação da decisão do Supremo de impor às próximas eleição apenas o modelo de financiamento público pode ajustar essa distorção, mas antes que isso aconteça a inflação na caça ao voto já disparou.
Em São Paulo, os três candidatos a govenador informam que não deverão gastar menos de R$ 90 milhões em cada uma de suas campanhas. O PMDB do presidenciável Paulo Skaf informou que deverá gastar R$ 95 milhões. Pelo PT, a previsão é de custos de R$ 92 milhões para a campanha de Alexandre Padilha. Os tucanos do PSDB estimam em R$ 90 milhões o orçamento da campanha à reeleição de Geraldo Alckmin. Isso representa uma estimativa de aumento de 43% dos custos em relação a 2010.
Somados os orçamentos partidários nos 27 Estados da Federação com os gastos que começam a ser anunciados pelas campanhas presidenciais, facilmente irão se computar custos declarados que irão superar, em muito, a marca do R$ 1 bilhão. Com o atual modelo de financiamento privado de campanhas políticas, o céu parece ser mesmo o limite no jogo da caça ao eleitor.
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