Governo e oposição estão em campo, posicionados para iniciar a guerra das CPIs no Congresso. No início da tarde desta quarta-feira, será instalada a CPI Mista que pretende investigar contratos da Petrobras. Uma comissão parlamentar de inquérito sobre a estatal já está em curso no Senado, mas tem sido boicotada pela oposição, que acusa o colegiado de ser chapa branca, comandado pelo governo e, portanto, sem independência para investigar.
O senador João Alberto de Souza (PMDB-MA), parlamentar mais idoso da comissão, irá presidir a primeira reunião para eleger o presidente e o vice-presidente e para que o relator seja escolhido. Todos os deputados e senadores que integrarão o colegiado já foram indicados pelas respectivas lideranças partidárias. Faltavam cinco senadores do bloco da Maioria no Senado (PMDB-PP-PSD-PV) e outros cinco do bloco de apoio ao governo (PT-PDT-PCdoB-Psol-PRB), que foram indicados ontem (confira a lista completa).
A intenção com o novo grupo é desgastar a imagem do governo federal e da presidente Dilma Rousseff. Dos 32 deputados e senadores que compõem a CPMI, 13 são membros da oposição ou parlamentares insatisfeitos da base, que não poupariam pressionar o governo para ter o que querem: negociação nos palanques estaduais, por exemplo. O plano é apresentar mais de cem requerimentos de convocação de diretores e pessoas ligadas à estatal.
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