O Rio Grande do Norte é o Estado brasileiro onde o número de óbitos em decorrência da Aids mais cresceu nos últimos dez anos. Entre 2002 e 2012, o Ministério da Saúde (MS) contabilizou um avanço de 176,9% nas mortes entre pessoas com o vírus HIV.
Os dados fazem parte de um levantamento elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), ainda não divulgado, obtido pelo Jornal TRIBUNA DO NORTE.
Os números apontam ainda que, em 2012, a taxa de novos casos identificados no Estado era 12,6 para cada grupo de 100 mil habitantes. Para a coordenadora do Programa Estadual DST/Aids da secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Sônia Cristina Lins há apenas um fator que explica a evolução avassaladora da doença em terreno potiguar: o diagnóstico tardio. “As pessoas não procuram orientação. Não querem fazer o teste que aponta a presença do vírus. Quando descobrem que são portadores do HIV, já é tarde. Reconheço que o número é preocupante”, avaliou.
Notificações
O estudo da Flacso, analisado pelo sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, mostram ainda as novas notificações da doença relacionadas no ano de 2012. Neste caso, os heterossexuais lideram as infecções pelo vírus HIV. Naquele ano, este grupo respondia por 67,5% dos casos. A maioria, eram mulheres 58,2%.
A maior incidência de contaminação está na faixa de 30 a 49 anos, incluindo aí, heterossexuais e homossexuais. O Rio Grande do Norte, com 12,6 novos casos identificados a cada cem mil habitantes, ocupa a 24ª posição no ranking. A médica nacional é de 20,2. Com 41,4, o Rio Grande do Sul lidera a estatística. Ainda não há dados do ano passado.
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