Parlamentares de oposição já haviam obtido, até a tarde desta terça-feira (25), apoio de 15 senadores e 110 deputados para criar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso para investigar a compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Para instalar a comissão mista, são necessárias 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado.
A coleta foi intensificada numa reunião à tarde entre PSDB e DEM, quando parlamentares de partidos aliados ao governo, mas que se consideram "independentes", aderiram à iniciativa, entre eles como Cristovam Buarque (PDT-DF), Pedro Simon (PMDB) e Pedro Taques (PDT-MT). Os líderes do PSB, Beto Albuquerque (RS) e Rodrigo Rollemberg (DF), também assinaram e liberaram as bancadas para apoiar a instação da CPI.
A prioridade é instalar uma comissão mista, formada pela Câmara e pelo Senado. Paralelamente, a oposição também tentará aprovar um requerimento de CPI somente no Senado, segundo informou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que liderou o encontro da tarde desta terla-feira.
"Aquela que alcançarmos em primeiro lugar, obviamente, será a instalada", declarou o tucano após a reunião. Após a reunião, senadores de oposição retomaram a coleta para aumentar o número de assinaturas.
O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), acredita ter apoio de pelo menos 27 colegas: quatro do DEM, 11 do PSDB, um do Solidariedade, quatro do PSB e sete "independentes".
A oposição minimizou ainda declaração do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de que o país não quer uma "CPI para atear fogo em questões políticas". Pelo regimento, a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito depende do aval do presidente da Casa.
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