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30 de janeiro de 2014

EM GREVE, MAS COM 91% DE REAJUSTE

Em três anos, os professores da rede estadual de educação, que deflagraram mais um movimento grevista no início da semana, quase duplicaram seu salário base. Em 2011, os servidores recebiam R$ 930 e, hoje, o vencimento base é da ordem de R$ 1.740. O aumento concedido aos profissionais pelo Governo do Estado, atendendo à prerrogativa do Piso Nacional da categoria, alcançou 91,5% no período mencionado. Nenhum outro grupo de servidores estaduais contou com ganhos salariais desta representatividade.


Mesmo assim, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte/RN) informou que não vai recuar e afirmou que o movimento paredista está ganhando mais adeptos e ficando mais forte. A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (Seec) rebateu a informação sob a argumentação de que poucas escolas tinham aderido ao movimento. A partir de ontem, o ponto dos servidores grevistas foi cortado pela Secretaria Estadual de Educação. Nessa queda de braço político-administrativa, quem perde, mais uma vez é o estudante.

“A diretora do Sindicato reconheceu que a Secretaria se esforçou para encaminhar tudo. Ressaltou, porém, que o problema era com o governo Rosalba”, destacou o secretário adjunto da Educação, Joaquim de Oliveira. Ele caracterizou a greve atual como “descabida” e comentou, ainda, que o Sinte já havia decidido pelo não início das aulas antes mesmo de se reunir com os representantes do governo.

Fátima Cardoso, diretora do Sinte/RN, por sua vez, argumentou que os dois acordos firmados com o Governo do Estado ao longo de 2013 foram descumpridos. Quanto à pauta de reivindicações, Fátima Cardoso ressaltou que não há nada de novo. A paralisação deste ano, que já se tornou quase um evento oficial no calendário escolar da rede pública, teria como ponto crucial o pagamento da progressão horizontal da categoria, correspondente a 5% do salário, por cada letra “conquistada”.

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