Em três anos, os professores da rede estadual de educação, que deflagraram mais um movimento grevista no início da semana, quase duplicaram seu salário base. Em 2011, os servidores recebiam R$ 930 e, hoje, o vencimento base é da ordem de R$ 1.740. O aumento concedido aos profissionais pelo Governo do Estado, atendendo à prerrogativa do Piso Nacional da categoria, alcançou 91,5% no período mencionado. Nenhum outro grupo de servidores estaduais contou com ganhos salariais desta representatividade.
Mesmo assim, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte/RN) informou que não vai recuar e afirmou que o movimento paredista está ganhando mais adeptos e ficando mais forte. A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (Seec) rebateu a informação sob a argumentação de que poucas escolas tinham aderido ao movimento. A partir de ontem, o ponto dos servidores grevistas foi cortado pela Secretaria Estadual de Educação. Nessa queda de braço político-administrativa, quem perde, mais uma vez é o estudante.
“A diretora do Sindicato reconheceu que a Secretaria se esforçou para encaminhar tudo. Ressaltou, porém, que o problema era com o governo Rosalba”, destacou o secretário adjunto da Educação, Joaquim de Oliveira. Ele caracterizou a greve atual como “descabida” e comentou, ainda, que o Sinte já havia decidido pelo não início das aulas antes mesmo de se reunir com os representantes do governo.
Fátima Cardoso, diretora do Sinte/RN, por sua vez, argumentou que os dois acordos firmados com o Governo do Estado ao longo de 2013 foram descumpridos. Quanto à pauta de reivindicações, Fátima Cardoso ressaltou que não há nada de novo. A paralisação deste ano, que já se tornou quase um evento oficial no calendário escolar da rede pública, teria como ponto crucial o pagamento da progressão horizontal da categoria, correspondente a 5% do salário, por cada letra “conquistada”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário