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24 de dezembro de 2013

UM ANO DE TRAUMAS PARA A MÚSICA POPULAR BRASILEIRA

Se pudesse escolher um ano para esquecer, a geração clássica da música brasileira muito provavelmente escolheria 2013. Deu tudo errado para Chico Buarque, Caetano, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Djavan no assunto “biografias não autorizadas”. A polêmica abriu a maior crise entre artistas, críticos, editores de livros e boa parte do próprio público da MPB, crise maior até do que a Passeata Contra a Guitarra Elétrica, realizada em São Paulo por artistas como Elis Regina, Edu Lobo, Gilberto Gil, Geraldo Vandré e Jair Rodrigues em 1967.

As más notícias vieram nos obituários. Os roqueiros fãs do Charlie Brown Jr. perderam em um só ano o vocalista Chorão, por overdose de cocaína, e o baixista que havia assumido seu lugar, Champignon, encontrado morto em seu apartamento com um tiro na cabeça.

A morte lenta e sofrida do sanfoneiro Dominguinhos computou uma baixa insubstituível. Herdeiro legítimo de Luiz Gonzaga, Dominguinhos se despediu em julho, depois de meses lutando contra as sequelas de um câncer no pulmão, interrompendo a linhagem sucessória dos sanfoneiros nordestinos respeitados em todo o País.

Paulo Vanzolini, mais relevante nome das letras no samba paulista, se foi em abril, aos 89 anos. E Reginaldo Rossi, reconhecido como um pai da música brega, se despediu há uma semana, deixando um outro trono vazio. Reginaldo Rossi: O Rei do Brega morreu aos 69 anos, agora em dezembro, em decorrência de complicações de um câncer no pulmão.

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