5 de agosto de 2013
NÚMERO REAL DE ASSASSINATOS NO BRASIL É BEM MAIOR QUE A ESTATÍSTICA OFICIAL
Um dado preocupante: o número real de assassinatos no Brasil é bem maior que o número oficial. Segundo uma pesquisa que o Fantástico apresenta com exclusividade, cerca 8,6 mil homicídios cometidos todos os anos no país não entram nas estatísticas.
Mais de 50 mil pessoas são assassinadas por ano no Brasil. Cada caso vira uma declaração de óbito. Um inquérito policial. Entra para estatísticas de violência. É destaque nos jornais. Ganha um número que vai parar nos gabinetes dos governantes.
Por trás desses números, um rosto, um nome, uma história. Pamela tinha acabado de se tornar mãe. Itamara, filha única. E John ainda estava em lua de mel. Os três foram assassinados, mas nenhum deles entrou para as estatísticas de homicídios do país.
De 1996 a 2010, quase 130 mil homicídios no Brasil não entraram nas estatísticas de mortes violentas. Isso é quase a população de Copacabana, um dos maiores bairros do Rio de Janeiro. É como se as pessoas que moram lá, num espaço de 15 anos, desaparecessem pra sempre sem que ninguém se desse conta.
Quem fez essa descoberta foi o pesquisador Daniel Cerqueira, do IPEA, Instituto de Pesquisas Aplicadas, do governo federal.
Chamaram a atenção dele os índices de mortes por causas indeterminadas que aparecem no Datasus, a estatística criada pelo Ministério da Saúde.
De acordo com a pesquisa do IPEA, sete estados lideram o chamado ranking de homicídios escondidos. O levantamento é resultado da média de assassinatos ocultos entre 2007 e 2010 para cada 100 mil habitantes.
No Rio de Janeiro, a taxa é 16,2. Na Bahia, 10,9. 7,7 no Rio Grande do Norte. 5 em Pernambuco. 4,2 em Roraima. 4,1 em Minas Gerais. E 4,1 também em São Paulo.
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