Ex-presidente Lula
Eu sou defensor do financiamento público de campanha como forma de moralizar a política. E, mais ainda, eu acho que não só se deveria aprovar o financiamento público de campanha como tornar crime inafiançável o financiamento privado, afirmou o ex-presidente durante um evento promovido pelo jornal Valor Econômico.
Essa ideia já havia sido defendida por Lula no fim de fevereiro, em ato do PT em Fortaleza. O partido tem levantado a bandeira da reforma política, com foco no financiamento público de campanha, por considerar que essa seria uma maneira de evitar que escândalos como o mensalão voltem a acontecer.
Apesar de o Supremo Tribunal Federal ter julgado que o caso consistiu em um esquema de compra de votos em troca de apoio ao governo Lula no Congresso, o PT afirma que o que houve foi caixa 2 para pagamento de dívidas de campanha.
Num balanço com perspectiva histórica, o ex-presidente afirmou que a alternância de poder entre PSDB e PT ajudou a consolidar a democracia brasileira. Em um raro momento de trégua com os tucanos, chegou a dizer que a eleição de Fernando Henrique Cardoso em 1994 foi um avanço para a democracia.
Lula evitou ainda fazer críticas ao governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, que poderia deixar a base aliada para concorrer à Presidência. Todo brasileiro com mais de 35 anos tem o direito de se candidatar, disse ao ser questionado sobre o pernambucano.
Com informações de Márcio Fernandes
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