O número representa um aumento de 56% em relação ao desempenho das oposições municipais na campanha anterior, em 2008.
Naquele ano, o panorama foi o inverso: os situacionistas ganharam em 53 cidades, e os oposicionistas, em 32.
Esse conjunto de prefeituras inclui as capitais e os municípios com mais de 200 mil eleitores.
Um dos fatores que ajudaram os governistas quatro anos atrás foi o alto número de tentativas de reeleição.
À época, 41 prefeitos desses municípios foram reeleitos outros sete tentaram.
Agora, houve apenas 22 reeleições, e o número de prefeitos derrotados nas urnas dobrou: passou para 16.
Em 2012, mais competitividade nas eleições com uma maior participação de partidos menores, foi o que dificultou a situação para aqueles que tentavam a reeleição. "A ausência de adversários favorece quem está na administração".
O exemplo foi de Eduardo Paes (PMDB), reeleito em primeiro turno no Rio com 20 partidos na coligação.
A tendência, é que os partidos grandes tenham de negociar mais.
Nas 26 capitais estaduais, os índices são ainda mais chamativos: foram seis vitórias oposicionistas em 2008 e 20 nas eleições deste ano.
O fenômeno não tem relação direta com o posicionamento desses candidatos com o governo Dilma Rousseff.
Há petistas e tucanos tanto entre perdedores como entre os vencedores. Pelo país, grupos políticos instalados há décadas no poder local sofreram reveses neste mês.
Em Curitiba, por exemplo, o prefeito Luciano Ducci (PSB) não chegou nem ao segundo turno. A cidade elegeu Gustavo Fruet (PDT), encerrando um domínio de 24 anos de uma corrente que incluiu prefeitos de PMDB, o antigo PFL (hoje DEM) e PSDB.
Em Campo Grande (MS), o PMDB vai deixar a prefeitura após 20 anos. Em Diadema (SP), o PT tentou reeleger o atual prefeito, mas perdeu para o PV. Petistas comandaram a prefeitura por 30 anos, com exceção de 1996 a 1999.
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