Segundo a Polícia, medidas cautelares de detenção domiciliar foram decretadas para 19 pessoas, que serão monitorados por tornozeleiras eletrônicas.
Os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) recebidos pela Prefeitura da cidade eram desviados por meio de empresas fantasmas e falsificação de documentos.
Entre os suspeitos envolvidos no esquema estão a atual prefeita da cidade, Bia Venâncio (PDT); um vereador; um ex-vereador; três secretários municipais; um ex-secretário; o chefe do setor financeiro e servidores do Paço do Lumiar; além de empresários.
Ao sair da Superintendência da PF no Maranhão na manhã de ontem, Bia Venâncio disse que seus advogados tratariam do caso. Segundo a prefeita, se houve algum desvio, ela não tem nenhuma participação.
"Os secretários acusados é que devem se manifestar. Não sou ordenadora de despesa. Garanto que eu não tenho participação nenhuma em irregularidades. Já me acusaram de tantas coisas e não foram provadas. Essa será mais uma. Garanto que não é verdade", disse a prefeita ao deixar a Polícia Federal já com a tornozeleira.
Outros integrantes da quadrilha moravam em São Luís, em Igarapé Grande e em São José do Ribamar.
A operação Allien também vai cumprir 20 mandados de busca e apreensão. O nome da ação faz referência ao filme de mesmo nome, em que um parasita alienígena se desenvolve e consome seu hospedeiro.
Os investigados não têm permissão para saírem de suas casas durante a noite, nos fins de semana e nos dias de folga. Eles também estão proibidos de acessar o prédio da Prefeitura de Paço do Lumiar, sair da cidade sem autorização judicial e manter contato com outros suspeitos. Em caso de descumprimento das regras, a prisão preventiva pode ser decretada.
Os envolvidos na quadrilha vão responder pelos crimes de desvio de recursos públicos, uso de documento falso e formação de quadrilha, fraude em licitações e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a 35 anos de prisão.
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