Empresário Porcino Júnior, pai de“Popó”
“Vou viver mais, viajar com meu filho, com minha família. Trabalhar menos. A vida é o bem mais precioso que temos”, disse, emocionado. Veja alguns trechos da entrevista:
O VALOR PEDEIDO PELOS SEQUESTRADORES
“Eles começaram pedindo 2 milhões de reais. Eu disse que não tinha esse dinheiro. Eles pressionaram, mas continuei dizendo que não tinha, não tinha, não tinha. Daí, eles começaram a baixar o pedido para 800 mil, 700 mil, 300 mil, e por último aceitavam receber até 170 mil reais. Essa negociação se estendeu não foi tanto pelo dinheiro, mas sim porque eu queria ter a certeza que Popó estava vivo e eles não me davam qualquer prova para eu me acalmar. Eu dizia que só negociaria com a certeza que meu estava vivo e eles se negavam a fazer o que eu pedia.”
A PRESSÃO PSICOLÓGICA
“Essa é a parte mais cruel. Os sequestradores ameaçavam toda hora. Diziam que mandaria os pedaços do meu filho se eu não atendesse o pedido que eles fizeram. Diziam que mandariam um pedaço da orelha, o pedaço do dedo. E depois diziam que só iriam me ligar de novo 60 dias depois. Eu pedia uma prova de que meu filho estava vivo e eles não me atendiam. Eu gritava: eu quero meu filho, deixe eu falar com meu filho pelo amor de Deus, mas eles não atendiam.”
Com informações de César Santos
foto: Joana Lima.
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