Em 2008, o então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros, o apresentou a um assessor, Eudes Carneiro, que lhe pediu 1 milhão de reais para liberar o registro. Irmar se recusou a pagar e o registro não saiu até hoje.
Em fevereiro deste ano, Irmar enviou por e-mail uma carta para a presidenta Dilma Rousseff e para o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. O Palácio do Planalto acusou o recebimento da carta em 9 de março, mas informou que o trecho que narrava a denúncia, estranhamente, teria chegado cortado na mensagem recebida.
Ouvidos por Veja, todos os citados por Irmar Batista negaram o pedido de propina. Em entrevista à reportagem, Irmar Batista contou que no fim de 2008 foi a Brasília reclamar da demora para registrar o sindicato.
"Procurei o Medeiros (Luiz Antonio de Medeiros, então secretário de Relação do Trabalho), que me levou a uma sala ao lado e disse: O que o Eudes acertar, está acertado. Então ficamos a sós com o Eudes Carneiro (assessor do ministério).
Antes da reunião, o Eudes mandou a gente desligar os celulares. Sentamos à mesa e veio a proposta indecente: eles pediram 1 milhão de reais para liberar o registro do sindicato".
Ainda segundo ele, "vários sindicatos foram extorquidos, mas o pessoal tem medo de aparecer. Há outros sindicatos que também foram vítimas disso que aceitaram pagar propina", afirma.
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