Polícia chega ao local do crime
Segundo informações de policiais militares, os disparos que mataram a vítima foram de uma Pistola .40.
O corpo de Anderson Miguel estava caído no chão próximo à sua mesa de trabalho quando foi recolhido pelos peritos do Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep).
Policiais não souberam precisar os locais onde ele foi atingido, mas o pano que cobria o corpo de Anderson Miguel durante o transporte até o rabecão tinha manchas de sangue, principalmente na região da cabeça.
O escritório conta com sistema de segurança, inclusive com câmeras, mas a informação é que não são programadas para gravar. Dessa maneira, a polícia vai recorrer aos prédios vizinhos e verificar se dispõe de sistema de monitoramento com gravação.
Policiais Militares, Civis e Federais estiveram envolvidos no caso. De acordo com um policial que estava no local, ainda tentaram socorrer Anderson, mas perceberam que ele já estava morto.
De acordo com o major Trigueiro, do Batalhão de Choque da Polícia Militar, dois homens chegaram ao escritório em um Siena de cor branca. Um deles desceu do carro, sem usar disfarces, entrou no escritório e perguntou pelo advogado Anderson Miguel na recepção se identificando como um cliente, entrou e efetuou os tiros à queima-roupa contra o advogado dentro da sala dele. "As características não deixam dúvidas que foi um crime de execução, algo por encomenda, pistolagem", afirmou o militar.
Ele era dono da empresa A&G Locação e um dos réus da Operação Hígia, processo que investiga um suposto esquema de desvio de verba pública e fraude em contratos de licitações com a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap).
Em novembro de 2010, durante depoimento à Justiça Federal, Anderson afirmou que pagou R$ 3 milhões em propina ao filho da ex-governadora Wilma de Faria (PSB), Lauro Maia.
À época, o réu informou que, durante três anos, sua empresa teve que pagar propina para poder para conseguir receber o dinheiro referente ao contrato que mantinha com a Sesap. Anderson denunciou ainda que o procedimento era comum em vários setores da administração estadual e envolveria outras empresas.
Ele era casado com a ex-candidata a deputada Jane Alves, sua sócia na A & G, que também é ré na Operação Hígia.
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