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31 de maio de 2011

BANCADA DO PMDB NO SENADO SE OPÕE A CPI PARA INVESTIGAR PALOCCI

Michel Temer

Em meio a uma crise com o Palácio do Planalto, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) afirmou nesta segunda-feira (30) que a bancada do PMDB no Senado decidiu não assinar o requerimento que pede a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a evolução patrimonial do ministro Antonio Palocci (Casa Civil).

O entendimento vale até que o Ministério Público se posicione sobre o caso. Segundo o senador, o compromisso foi fechado durante um jantar na casa do vice-presidente Michel Temer (PMDB) e envolve inclusive o grupo de peemedebistas dissidentes, como o senador Pedro Simon (RS). Dos oito dissidentes, apenas o senador Jarbas Vasconcelos (PE) não compareceu.

A oposição apostava nos dissidente do PMDB para instalar a investigação no Congresso. No Senado, a CPI tem 18 assinaturas, são necessárias 27.

Eunício disse que a discussão de tom elevado entre Palocci e Temer na semana passada não foi tema do encontro. Na véspera da votação da reforma do Código Florestal na reforma, Palocci telefonou para Temer e ameaçou retirar os ministros do partido, caso o PMDB votasse contra o governo.

Ele negou que tenha crise entre PT e PMDB. "Não há crise, se a crise existiu, para nós, é coisa do passado".

O senador falou ainda que no Senado há espaço para uma conversa sobre mudanças no Código Florestal, inclusive nos pontos polêmicos apresentados pelo PMDB da Câmara, como a anistia dos desmatadores.


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