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23 de fevereiro de 2011

GORDO DA RODOVIÁRIA FOI MESMO QUEM MANDOU MATAR O RADIALISTA CAICOENSE F. GOMES, DIZ DELEGADO

Delegado Márcio Delgado Varandas a esq.


O comerciante Lailson Lopes, mais conhecido como “Gordo da Rodoviária”, foi mesmo o mandante do assassinato do radialista caicoense Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes. Pelo menos, foi essa a conclusão da Polícia Civil, após investigações realizadas desde janeiro.

A informação foi divulgada pelo delegado geral da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, Ronaldo Gomes, em entrevista coletiva concedida na sede da Degepol na manhã desta quarta-feira (23).

Lailson havia sido preso no dia 21 de janeiro, juntamente com o advogado Rivaldo Dantas de Farias, que defendia o assassino confesso de F. Gomes. Na ocasião, os dois foram acusados de extorsão.

Após a prisão realizada em janeiro, a polícia começou a investigar o possível envolvimento de Lailson Lopes com o João Francisco do Santos, o "Dão", que confessou ter atirado em F. Gomes. O delegado Márcio Delgado Varandas assumiu o caso e solicitou a quebra de sigilo telefônico dos suspeitos.

As investigações levaram a polícia a solicitar um novo depoimento de “Dão”, que confessou ter sido Lailson o mandante do crime, e culminaram na prisão preventiva do empresário, decretada nesta terça-feira (22).

Segundo o delegado Ronaldo Gomes, dois motivos teriam motivado o assassinato. F. Gomes havia denunciado o empresário, dono de uma loja de celulares em Caicó, de utilizar o comércio como fachada para praticar diversos crimes.

Além disso, o radialista trabalhava com a esposa do acusado e era testemunha de agressões praticadas por Lailson contra sua colega de trabalho. F. Gomes orientava a mulher a procurar a polícia para denunciar as agressões, o que também teria despertado o descontentamento do comerciante.

O radialista F. Gomes foi assassinado na noite de 18 de outubro do ano passado. Ele estava sentado na calçada de casa, quando “Dão” teria chegado em uma motocicleta e atirado várias vezes. Até então, apenas o assassino havia sido identificado, e o Ministério Público cobrava a prisão do mandante.

O delegado Márcio Delgado explicou que na noite da morte de F. Gomes, exatamente 20 minutos antes do homicídio, às 20h55, Dão (atirador) fez contato telefônico com Lailson (mandante). Os dois voltaram a se falar às 22h06, mais de uma hora após a morte.

Depois disso, Dão foi preso como suspeito e levado à delegacia de Caicó. A partir daí, as ligações começaram a ser feitas com intermédio do advogado Rivaldo Dantas. Naquela mesma noite, Dão foi solto por falta de provas. Com isso, às 2h45 ele voltou a falar com Lailson por telefone.

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