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12 de julho de 2016

PLANALTO DESISTE DE NOME DE CONSENSO PARA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA

Às vésperas da votação para eleger o sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados, o Palácio do Planalto desistiu da ideia de tentar um candidato de consenso para pacificar a base aliada e se convenceu de que um segundo turno será inevitável.

A contabilidade que chegou ao governo na noite desta segunda-feira (11/7) indicava que o líder do PSD e um dos nomes do Centrão, deputado Rogério Rosso (DF), liderava a disputa, com o dobro de votos de Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia ficou praticamente sem o apoio do PT.

A votação está marcada para quarta-feira (13/7). A estimativa é de que Rosso teria cerca de 200 votos contabilizados. Fernando Giacobo (PR-PR), também do Centrão, grupo formado por 13 partidos, estaria em terceiro lugar nas intenções de votos. Para vencer em primeiro turno, o candidato precisa da maioria dos votos dos presentes.

Com a experiência de ter ocupado a presidência da Câmara por três vezes, o presidente em exercício Michel Temer abriu espaço na agenda para exercer o "papel de ouvinte". Com alguns candidatos conversou pessoalmente no Planalto ou no Jaburu e, com outros, por telefone.

No domingo, o presidente em exercício recebeu para jantar o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o líder do partido na Câmara, Antônio Imbassahy (BA). Ouviu sobre as dificuldades dos tucanos em apoiar um nome do Centrão e disse que não iria interferir.

Os tucanos aguardam um nome que unifique a antiga oposição. Terceiro maior partido da Casa, o PSDB decidiu não lançar um nome em troca do apoio do Planalto na disputa pela Mesa Diretora em 2017. O partido deverá escolher entre Maia - que na noite de ontem foi confirmado como candidato do DEM - e Julio Delgado, que venceu a disputa com Heráclito Fortes (PI) como candidato do PSB.

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