Em seus 11 anos à frente da Transpetro, Sérgio Machado "rendeu" ao menos R$ 100 milhões em propinas para a cúpula do PMDB no Senado.
A maior fatia do montante foi abocanhada pelo presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), atualmente alvo de 12 inquéritos da Lava Jato no Supremo e que teria levado R$ 32 milhões, quase um terço do total.
Em seguida está o senador Edison Lobão (PMDB-MA), que teria recebido R$ 24 milhões. Outro senador, Romero Jucá (PMDB-RR) teria embolsado R$ 21 milhões. Mais velho cacique da sigla, o ex-presidente José Sarney teria ficado com R$ 18,5 milhões. Já o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) teria ficado com a menor fatia dos cinco, de "apenas" R$ 4,2 milhões.
Todos os cinco são responsáveis pela indicação e manutenção de Machado na presidência da Transpetro. Do grupo, apenas Jader Barbalho e Edison Lobão não foram flagrados em conversas com o delator discutindo alternativas para barrar o avanço da Lava Jato. Dos três, o procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu a prisão preventiva de dois e a prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica para Sarney. O pedido, porém foi negado pelo STF.
Agora com a delação de Machado, porém, a Procuradoria-Geral da República tem novas evidências e mais detalhes inéditos sobre a atuação da cúpula peemedebista que devem dar início a novas frentes de investigação e também reforçar as suspeitas que já existiam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário