O Senado aprovou nesta terça-feira a indicação do jurista Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal (STF). Foram 52 votos a favor e 27 contra.
Desde que seu nome foi sugerido pela presidente, Fachin sofreu forte resistência do Senado devido ao seu suposto envolvimento com o Partido dos Trabalhadores (PT) e proximidade com movimentos sociais. Mas a relação estremecida de Dilma com o Senado também pesou para dificultar o processo.
Em mais um momento durante a sabatina da semana passada, alguns parlamentares repetiram que não seriam "carimbadores da República". Tanto que o professor da Universidade Federal do Paraná precisou enfrentar 11 horas de questionamentos. Fachin, que chegou até a chorar durante a sabatina, manteve uma postura humilde e respondeu a temas polêmicos como casamento gay, aborto, redução da maioridade penal e financiamento privado de campanhas.
Depois da sabatina mais longa dos últimos tempos para o cargo de ministro do STF - foram 11 horas, o jurista foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 20 votos a 7.
Mesmo assim, o presidente do Senado, Renan Calheiros, estaria trabalhando nos bastidores para impedir a aprovação do jurista no plenário. Há relatos de que ele teria até deixado a votação para esta semana com o objetivo de esperar que os deputados da oposição chegassem de viagem.
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