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16 de janeiro de 2017

PRESOS OSTENTAM BANDEIRAS DE FACÇÕES EM NOVA REBELIÃO EM ALCAÇUZ; NÚMERO DE MORTOS PODE SUBIR


Uma nova rebelião tomou conta da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Região Metropolitana de Natal (RN), na manhã desta segunda-feira (16). No fim de semana, pelo menos 26 detentos foram mortos durante um confronto entre presos.

O sistema carcerário do Rio Grande do Norte é dividido entre duas facções: o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Sindicato do Crime. Segundo o vice-diretor do presídio de Alcaçuz, Juciélio Barbosa, os detentos que se rebelaram estão no telhado da penitenciária e ostentam, inclusive, as bandeiras de suas respectivas facções. "A cadeia está virada. Tem PCC de um lado e Sindicato do Crime do outro. Estão usando tudo: paus, pedras e com bandeiras das facções", relata Barbosa.

As vítimas da rebelião deste fim de semana era do Sindicato do Crime, uma dissidência do PCC que surgiu por volta de 2012. A Polícia Militar foi acionada e está no local, acompanhando a rebelião.

Imagens divulgadas pela imprensa exibem homens sobre os telhados dos pavilhões empunhando paus, pedras e barras de ferro. Vestindo calções azuis, alguns homens enrolaram camisetas brancas na cabeça para esconder o rosto. Alguns portam bandeiras improvisadas com lençóis enquanto gritam palavras de ordem como “a vitória é nossa”, em aparente provocação a integrantes de facções rivais.

Mais vítimas
A suspeita de que mais de 26 presos podem ter sido mortos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz motivou a Secretaria da Justiça e da Cidadania do Rio Grande do Norte (Sejuc) a pedir à Companhia de Águas e Esgotos do estado (Caern) que inspecione as fossas existentes no interior da unidade.

Um caminhão e equipes da empresa chegaram à penitenciária, no bairro Potengi, na manhã de hoje (16). Segundo a assessoria da Seju, o trabalho está atrasado devido a um novo tumulto na unidade. As autoridades estaduais de segurança pública negam tratar-se de mais uma rebelião, mas admitem que, devido ao “clima tenso”, adiaram também o início da revista nas celas e a recontagem de presos.

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