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11 de outubro de 2015

A VERDADE SOBRE TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO

A inadimplência da União, a principal financiadora da obra, é a causadora da estagnação dos trabalhos do chamado cinturão das águas na transposição do rio São Francisco.

O orçamento Federal para este ano reservou R$ 180 milhões para o Cinturão das Águas. Até o dia 8 deste mês, só havia sido liberado R$ 15 milhões. A obra, com uma extensão de 149,82 km, está reduzida a pouco mais de 30 km, por falta de recursos para tocarem o restante.

Somente dois grupos de empresas ainda estão atuando, mesmo sem receber em dia o pagamento pelos serviços executados, embora com bem menos intensidade. Só deste ano o crédito das construtoras chega próximo dos R$ 150 milhões, segundo os registros de medição feitos pelos técnicos do Ministério da Integração.

Numerário

A União deve às empreiteiras, só referente ao Cinturão das Águas, R$ 220,5 milhões correspondente aos anos de 2012, 2013 e 2014. Neste, um total aproximado de 4 mil homens, e algumas centenas de máquinas laboravam normalmente nos cinco lotes em que foi dividido o projeto. Hoje, três dos lotes têm praticamente apenas os vigias. E como transcorrem as obras da Transposição? Pela informação oficial estão em ritmo normal. Será? Quais os agentes públicos do Rio Grande do Norte, já as vistoriaram?

Apesar da relevância da Transposição de Águas do Rio São Francisco, os políticos do Rio Grande do Norte e os diversos outros segmentos da nossa sociedade não estão emprestando a esse empreendimento a atenção merecida e necessária.

As mazelas atormentadoras dos brasileiros nos dias atuais, já exaustivamente enunciadas, denunciadas e reprovadas, por tudo isso merecedoras da atenção de todos, não justificam a desatenção da nossa representação política em Brasília para uma obra tão vital à sobrevivência de muitos dos que moram no Rio Grande do Norte.

Colapso

Discursos vazios e demagógicos em nada contribuem para pressionar o Governo Federal a cumprir sua obrigação de fazer o necessário para o RN sofrer menos com as consequências da seca. Os parcos recursos para perfuração de poços e algumas outras ações paliativas não são suficientes e nossos políticos são sabedores disso.

O colapso na oferta de água para o consumo humano em diversos pontos do Estado, pelos prognósticos de falta de chuva suficiente à recarga dos nossos açudes e mananciais outros, deixou de ser uma utopia para se constituir numa perspectiva muito próxima da realidade.

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