O número de pessoas assassinadas na Grande Salvador na quarta-feira (16), primeiro dia completo de greve da Polícia Militar na Bahia, cresceu 250%, em comparação à média de 2013.
Segundo boletim da SSP (Secretaria de Segurança Pública) da Bahia, foram mortas 21 pessoas na quarta-feira. Houve também quatro tentativas de assassinato. Os dados de mortes no interior não foram divulgados.
As ocorrências foram registradas mesmo com a presença de tropas do Exército, enviadas pelo governo federal a pedido do governo do Estado.
Desde ontem, 6.000 militares das Forças Armadas já estão na Bahia para garantir a segurança nas ruas da população durante a greve, segundo o comandante da 6ª Região Militar do Exército, general Racine Bezerra Lima. Em 2013, também segundo dados da SSP, a região metropolitana da capital baiana registrou 2.213 homicídios), o que dá uma média de seis mortes por dia.
A maioria das mortes,10 ao todo, ocorreu durante a noite, quando ônibus deixaram de circular e shoppings fecharam as portas. O bairro com mais homicídio foi o de Paripe, na periferia de Salvador, com quatro mortes. O índice de mortes dessa quarta-feira é maior que a média registrada na greve de 2012, quando nos 10 primeiros dias 157 foram mortas –média de 15,7 por dia.
Naquele ano, durante a paralisação, a Polícia Civil chegou a identificar milícias que seriam responsáveis por assassinatos na região metropolitana.
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